sábado, 25 de junho de 2011

Carta aos leitores

Quando criei esse blog, foi uma ideia despretenciosa, minha intenção era apenas contar algumas lembranças de minha saudosa e querida avó. E me deixa muito feliz saber que meu blog é visto não apenas por minha família, e mais, que minhas receitas estão sendo testadas pelos leitores, e melhor, aprovadas.
Tenho recebido muitos comentários positivos a respeito de meus posts. E isso me faz inspirado para contar novas histórias e novas receitas. 
Este post é dedicado aos meus leitores, minha família, meus amigos, aos colegas e professores da faculdade de gastronomia e em especial, dedico esta receita a seguir a um leitor especial e sua filhinha.
Muito obrigado à todos e continuem lendo, senão a brincadeira perde a graça.

Cup cake  divertido

125g de manteiga em temperatura ambiente
125g de açúcar
2 ovos
125g de farinha de trigo
1 colher de fermento
1 colher de essência (da preferência)
Bata a manteiga e o açúcar até ficar esbranquiçada, junte os ovos e a farinha aos poucos, depois o fermento e a essência.Divida em forminhas de papel, se você não tiver forma para muffin, coloque duas forminhas para dar firmesa e não abrirem no forno.asse a 200C° por 15 a 20 minutos
Faça cortes circulares na tempa dos bolinhos e retire o meio, recheie com brigadeiro cremoso, beijinho ou doce de leite e deixe bastante doce pra cima do bolinho, enfeite com confeitos coloridos.
Espero que gostem!!!


Tristesse

De todas as receitas que já postei aqui, essa é verdadeiramente minha. Por motivos óbvios, chamei essa receita de "Tristesse". Não se trata apenas de um rocambole recheado, mas a expressão de um sentimento, se eu soubesse fazer poesia eu faria, mas só sei cozinhar, essa é minha arte e minha maneira de expressar meus sentimentos. Mas apesar do amargor do sentimento que me fez criar essa receita, ela é doce na medida certa e fica muito saborosa. espero que aproveitem.
Um abraço do amigo  Anderson Salgado

Tristesse

Massa: 
3 claras em neve
3 gemas
3 colheres de farinha de trigo
3 colheres de açúcar
1 colher de fermento

Misture tudo delicadamente e asse em forno quente por cerca de 10 minutos. Reserve.

Recheio:
100 gramas de creme de confeiteiro (patissier)
50 gramas de chantilly
Misture delicadamente e espalhe na massa, acrescente pedaços de frutas silvestres (morango, amora, cereja, framboesa, blue berry) e enrole o rocambole deixando a beirada para baixo.
Cobertura:
1 xícara de açúcar de confeiteiro
1 colher de suco de limão
Misture e espalhe por cima do rocambole. Decore com as frutas silvestres e sirva.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

O ninho de 100 anos

Quando Dona Zizinha completou 80 anos, seus filhos promoveram uma grande festa, que começou às 5:00h da manhã,(e isso é hora de acordar uma senhora de respeito?), com uma serenata, depois fecharam o restaurante do Luiz Português ( o melhor bife à parmegiana de Andrelândia) para um almoço em família e alguns convidados, Vovó Zizinha estava muito feliz, todos os filhos e netos ao seu redor, e especialmente feliz com a presença de Sebastião (essa história fica pra outro dia...). No final da tarde, houve uma missa em sua homenagem na capela do extinto colégio das freiras, realizada pelo padre Jaime, amigo de infãncia de minha avó, missa longa, vovó Zizinha estava cansada, não sei se por ter acordado às 5:00h da madrugada ou se de saco cheio da missa, como todos nós.
Depois da missa fomos todos à casa de Vovó Zizinha para uma festa (finalmente). A festa estava animadíssima, com todas as amiguinhas de infância de minha avó ( as duas que resistiram ao tempo), todas bem arrumadas e perfumadas, Dona Zizinha, elegante como sempre, bem vestida, bem maquiada e penteada. Lá pelas tantas, alguém teve a brilhante idéia de presentear minha avó soltando duas pombas brancas (dentro da sala dela). Minha avó sentada na cadeira de balanço, todo mundo em volta, entregaram a caixa e quando minha avó abriu, as duas pombas voaram meio tontas pela sala e uma delas pousou direto na cabeça de uma das coleguinhas de minha avó, o permanente branquinho deve ter dado à pomba a impressão de um ninho quentinho. Eu, que sempre fui muito discreto, ri disfarçadamente. Hoje, mil anos depois, ainda se comenta que dava pra ouvir minha risada a quilômetros de distãncia.
O pior é que depois disso, misteriosamente, em Andrelândia, passou a se ver pombas brancas por todo lado, assim era tudo o que acontecia com Dona Zizinha, inesquecível.