terça-feira, 22 de novembro de 2011

Brevidade Breve

Olá amigos,
Já se passou algum tempo desde a última postagem, mas estou de volta...
No meu primeiro post, citei algumas das delícias que minha querida vovó Zizinha preparava no café da manhã, agora vou colocar aqui algumas dessas receitas que fizeram de minha infância tão saborosa.
Lembro de uma vez que estava na cozinha de minha avó (meu lugar favorito). Ela contando casos e fazendo "brevidade", na minha memória ficou mais ou menos assim:
_2 xícaras (chá) de polvilho azedo, 2 cavalos mansos, açúcar pra caramba, 5 gemas, faz suspiro quando lembra do passado, manteiga ou magarina para fritar pão...
É engraçado como nossa memória nos prega peças, ainda bem que conto com a ajuda do fiel caderno de receitas da vovó. Sei que no final da conversa, já sentia o cheiro amendoado das brevidades... queimadas...
Dona Zizinha, com ar de quem sabe exatamente o que está fazendo, disse:
_ Era assim mesmo que eu queria...  (fazendo beicinho de contrariada)

Brevidade
Ingredientes
  • 2 xícaras (chá) de polvilho azedo
  • 1 1/2 xícaras (chá) de açúcar
  • 5 gemas
  • 2 claras
  • 1 pitada de canela em pó
  • manteiga ou margarina para untar 
Modo de Preparo
  1. Misturar todos os ingredientes e bater na batedeira, até fazer bolhas
  2. Coloque a massa em forminhas untadas com margarina e enfarinhadas e asse em forno quente até dourarem levemente ( elas são bem clarinhas mesmo)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um homem honesto

Dona Zizinha sempre foi uma mulher muito alegre, brincalhona, sempre gostou de uma boa piada.
Um belo dia, teve a brilhante ideia de pregar uma peça em meu avô, Geraldo.
Pegou uma peruca da querida Maria Neuza, uma mini-saia da minha irmã Mara, tirou suas meias de alta compressão e entrou em casa procurando por meu avô.
Minha tia Hilda a levou até o quarto onde estava descansando, como de costume depois do almoço. Ela entrou e se apresentou como uma antiga namorada dele, cujo nome me escapa da memória. Ele ficou um pouco desconfortável com aquela mulher sentada à beira de sua cama, mas foi conversando, perguntando sobre os parentes dela, minha avó foi levando a conversa naturalmente, não conhecia ninguém mas dava notícia de todos, uma vez que ele não sabia de ninguém, ela poderia inventar o que quisesse. Meu avô pedia para minha tia servir um café para a convidada, para ver se tirava a ex do quarto, tinha medo que Dona Zizinha chegasse e pegasse os dois ali. Sem saber que ali estava, em sua frente, a mulher que dormia com ele naquela mesma cama por mais de quarenta anos, ia se afastando da intrusa cada vez que ela se aproximava.
"Chama a Zizinha Hilda, onde ela tá, diz que tem visita!!!" Minha tia, cúmplice, dizia que minha avó já estava chegando. Até que, para desespero total de meu inocente avô, a intrusa lhe põe a mão na perna. Ele, honesto que era, ia tirando a perna e se encolhendo na cama cada vez mais, e cada vez mais pedia para que chamassem minha avó.Ele, ficando cada vez mais vermelho, mais assustado e ela, chegando cada vez mais perto.
Até que minha tia veio dizer que haviam chegado para buscar a velha senhora.
Assim que ela saiu, Seu Geraldo conseguiu respirar aliviado.
Minha avó que havia saído por uma porta e entrado pela outra, chegou no quarto, costumeiramente elegante, como ele a conhecia. Foi informada por ele da visita de sua ex namorada, claro juntamente com a bronca por não estar lá para salvá-lo.
Quando ela o questiona sobre a aparência da outra: "Ela tá melhor ou pior que eu?" Ele lhe informou que a mulher estava um "bagaço", muito mais velha que minha avó e terminou dizendo: "As suas pernas são bonitas e firmes, as delas são velhas e cheias de varizes..."
Moral da história, faça como Dona Zizinha, nunca apareça na frente de seu marido sem meias de alta compressão.

sábado, 25 de junho de 2011

Carta aos leitores

Quando criei esse blog, foi uma ideia despretenciosa, minha intenção era apenas contar algumas lembranças de minha saudosa e querida avó. E me deixa muito feliz saber que meu blog é visto não apenas por minha família, e mais, que minhas receitas estão sendo testadas pelos leitores, e melhor, aprovadas.
Tenho recebido muitos comentários positivos a respeito de meus posts. E isso me faz inspirado para contar novas histórias e novas receitas. 
Este post é dedicado aos meus leitores, minha família, meus amigos, aos colegas e professores da faculdade de gastronomia e em especial, dedico esta receita a seguir a um leitor especial e sua filhinha.
Muito obrigado à todos e continuem lendo, senão a brincadeira perde a graça.

Cup cake  divertido

125g de manteiga em temperatura ambiente
125g de açúcar
2 ovos
125g de farinha de trigo
1 colher de fermento
1 colher de essência (da preferência)
Bata a manteiga e o açúcar até ficar esbranquiçada, junte os ovos e a farinha aos poucos, depois o fermento e a essência.Divida em forminhas de papel, se você não tiver forma para muffin, coloque duas forminhas para dar firmesa e não abrirem no forno.asse a 200C° por 15 a 20 minutos
Faça cortes circulares na tempa dos bolinhos e retire o meio, recheie com brigadeiro cremoso, beijinho ou doce de leite e deixe bastante doce pra cima do bolinho, enfeite com confeitos coloridos.
Espero que gostem!!!


Tristesse

De todas as receitas que já postei aqui, essa é verdadeiramente minha. Por motivos óbvios, chamei essa receita de "Tristesse". Não se trata apenas de um rocambole recheado, mas a expressão de um sentimento, se eu soubesse fazer poesia eu faria, mas só sei cozinhar, essa é minha arte e minha maneira de expressar meus sentimentos. Mas apesar do amargor do sentimento que me fez criar essa receita, ela é doce na medida certa e fica muito saborosa. espero que aproveitem.
Um abraço do amigo  Anderson Salgado

Tristesse

Massa: 
3 claras em neve
3 gemas
3 colheres de farinha de trigo
3 colheres de açúcar
1 colher de fermento

Misture tudo delicadamente e asse em forno quente por cerca de 10 minutos. Reserve.

Recheio:
100 gramas de creme de confeiteiro (patissier)
50 gramas de chantilly
Misture delicadamente e espalhe na massa, acrescente pedaços de frutas silvestres (morango, amora, cereja, framboesa, blue berry) e enrole o rocambole deixando a beirada para baixo.
Cobertura:
1 xícara de açúcar de confeiteiro
1 colher de suco de limão
Misture e espalhe por cima do rocambole. Decore com as frutas silvestres e sirva.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

O ninho de 100 anos

Quando Dona Zizinha completou 80 anos, seus filhos promoveram uma grande festa, que começou às 5:00h da manhã,(e isso é hora de acordar uma senhora de respeito?), com uma serenata, depois fecharam o restaurante do Luiz Português ( o melhor bife à parmegiana de Andrelândia) para um almoço em família e alguns convidados, Vovó Zizinha estava muito feliz, todos os filhos e netos ao seu redor, e especialmente feliz com a presença de Sebastião (essa história fica pra outro dia...). No final da tarde, houve uma missa em sua homenagem na capela do extinto colégio das freiras, realizada pelo padre Jaime, amigo de infãncia de minha avó, missa longa, vovó Zizinha estava cansada, não sei se por ter acordado às 5:00h da madrugada ou se de saco cheio da missa, como todos nós.
Depois da missa fomos todos à casa de Vovó Zizinha para uma festa (finalmente). A festa estava animadíssima, com todas as amiguinhas de infância de minha avó ( as duas que resistiram ao tempo), todas bem arrumadas e perfumadas, Dona Zizinha, elegante como sempre, bem vestida, bem maquiada e penteada. Lá pelas tantas, alguém teve a brilhante idéia de presentear minha avó soltando duas pombas brancas (dentro da sala dela). Minha avó sentada na cadeira de balanço, todo mundo em volta, entregaram a caixa e quando minha avó abriu, as duas pombas voaram meio tontas pela sala e uma delas pousou direto na cabeça de uma das coleguinhas de minha avó, o permanente branquinho deve ter dado à pomba a impressão de um ninho quentinho. Eu, que sempre fui muito discreto, ri disfarçadamente. Hoje, mil anos depois, ainda se comenta que dava pra ouvir minha risada a quilômetros de distãncia.
O pior é que depois disso, misteriosamente, em Andrelândia, passou a se ver pombas brancas por todo lado, assim era tudo o que acontecia com Dona Zizinha, inesquecível.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Nem tudo foi desastre

Dona Zizinha Não era uma Nigella Lawson nem uma Ofélia Onofre, mas nem todas as experiências gastronômicas foram desastrosas. Era aniversário de alguém que agora não me lembro quem, nem tem importância.
Minha avó queria fazer um bolo e eu logo me prontifiquei a ajudar, fizemos aquela massa de bolo pra lanche, aquela com manteiga e leite, que fica fofa mas massuda como bolo Pulman. Para rechear, vovó Zizinha decidiu fazer ambrosia, um doce a base de ovos e leite. Os pedacinhos de ovos envoltos em doce de leite e calda eram como doces surpresas no meio do bolo.
Fiz ambrosia essa semana e lembrei dessa história, ambrosia sempre me remete aos tempos em que Dona Zizinha passava horas na cozinha e nós, os netos de férias, tínhamos 14 refeições por dia, e ainda íamos comprar "aranhas" da Dona Tereza "Puxa". Uma vizinha de minha avó que fazia enormes cocadas e as chamava de aranhas, eu derretia junto com a cocada na minha boca, ainda faço dieta pra me livrar dos vestígios de tantos doces...rsrsrsrs.
Minha avó errava bastante na cozinha, mas quando acertava, acertava mesmo

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mas eu não fiz nada...

Dona Zizinha era uma doce senhora, avó carinhosa, mãe amorosa, esposa zelosa. Num belo domingo, meus avós se preparavam para a missa das 18:00h. Meu avô "Sô Geraldo" levantou-se de seu costumeiro cochilo após o almoço, arrumava-se para ir à missa, mas sua camisa estava um pouco amassada. Minha avó disse carinhosamente: "_Se você aparecer na igreja com essa camisa amarrotada o padre vai te excomungar."
Meu avô, com sua calma rotineira, argumentou que vestiria um pulôver por cima e depois o paletó do terno, portanto, da camisa, só apareceria a gola, que estava intacta. Mas Dona Zizinha não se dava por vencida tão facilmente e continuou falando na cabeça de meu avô enquanto ele a ignorava solenemente, já que era homem de falar uma vez só. Dona Zizinha falou por cerca de meia hora, não parava nem para respirar "_O capeta vai puxar seu pé por ir com essa camisa na missa! Deus não vai te perdoar! Eu não vou com você parecendo o Morgança (o mendigo da cidade)!  Blá!Bla!Blá!..."
Até que meu avô, sem dizer palavra alguma, simplesmente, arrancou a camisa com uma puxada só, nunca vou esquecer os botões voando por todas as direções, os olhos arregalados de minha avó assustada e por fim, calada, e meu avô voltando calmamente para o quarto, com aquele ar de alívio e satisfação de trabalho feito nos olhos.
Minha avó olhou para todos com a carinha mais inocente e magoada do mundo e disse:
"_Mas eu não fiz nada..."

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quando criei esse blog meu intuito era registrar algumas lembranças da minha infância e rechear com algumas receitas de minha querida avó Zizinha. Mas como toda a lembrança infantil, as minhas recordações se confundem com lembranças imaginativas. Isso é tipico do ser humano, pegamos o fato, tiramos o pó, lixamos as imperfeições e pintamos com cores mais bonitas. Chamamos de " licença poética". Mas agora quero me ater aos fatos.
Minha avó não era a Dna Benta e não vivia na beira do fogão de lenha com avental de babado e colher de pau na mão. Fazia sim, algumas coisas deliciosas, outras nem tanto, as vezes fazia pratos que me embrulhavam o estomago, como o arroz que ela cobria com "tecos" gigantescos de um queijo que ela mesma fazia e que tinha um cheiro azedo e engordurado, e sempre tinha sal de mais. ou quando, por engano, colocou sal na canjica e percebendo o erro à encheu de açúcar para compensar, o negócio tinha gosto de soro. ainda teve a vez em que minha irmã, se recuperando de uma "leve indisposição pós festa", curtindo o gosto do cabo de guarda-chuva, e minha avó, com todo o carinho e cuidado de avó zelosa que era, levou o café na cama para minha irmã dizendo: " Vocês jovens gostam de pão frito então eu fiz pra você..." mas por inocência minha avó fritou o pão como se frita batata, imerso em gordura de porco. Ainda bem que o quarto tinha janela e Dna Zizinha nunca soube porque o cachorro passou tão mal.
Portanto, para as avós de plantão: Pão frito é só um pão com manteiga passado na frigideira e não adianta trocar as vazilhas de sal e açúcar pois as formigas não sabem ler quem se enganam são vocês.
Lamento aos que sonhavam com essa Dna Zizinha imaginária, mas vou ficar com a real pois era muito mais divertida afinal Dna Benta só existiu mesmo no Sitio do Pica-pau amarelo talvez criada do mesmo modo por Monteiro Lobato.
Quanto as receitas, a partir de agora passo a postar minhas própias receitas, inspiradas ou adaptadas a partir de minha memória...
...Ou de minha imaginação...

Anderson Salgado

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Preguiça...

Domingo  a noite, cansaço, preguiça, eu sempre quero fazer alguma coisa fácil e prática, escolhi essa receita porque é muito simples e os recheios podem ser variados, frango, carne, palmito ou aquele recheio que a gente faz com tudo o que ta sobrando na geladeira e chama de portuguesa. Escolhi o recheio de frango pois é mais comum. Experimentem esse empadão, é muito bom.
 
Massa:
400 g de farinha de trigo
200 g de manteiga gelada
1 ovo inteiro e 1 gema de ovo batidos para a massa
sal a gosto (pode ser uma colher de chá)
6 colheres de sopa de leite
1 gema de ovo para pincelar a massa
Recheio:
1 Kg de peito de frango desossado
1 cebola média picadina
2 dentes de alho picados e amassados
1 tomate picado sem pele
1 colher de sopa de azeite
cheiro verde picado
1 lata de milho verde
1 lata de pomarola
1 colher de sopa cheia de farinha de trigo
3 cubos de caldo de galinha
azeitonas picadas
 
Modo de fazer
Misture em uma tigela o trigo e a manteiga até que vire uma farofa
Acrescente os outros ingredientes e amasse bem até que fique uma massa lisinha
Embrulhe em papel filme e leve a geladeira por aproximadamente 30 minutos
Use metade da massa para forrar a assadeira e a outra para cobrir o recheio, pincele o empadão com a gema
Leve ao forno médio pré - aquecido e asse até dourar, aproximadamente 40 minutos
    Recheio:
Cozinhe o peito de frango, desfie e reserve
Numa panela coloque o azeite e frite a cebola, não deixe dourar
Coloque o alho e frite mais um pouquinho
Acrescente o frango desfiado
Dissolva os cubinhos de caldo de galinha em 1/2 xícara de água quente, junte ao refogado
Coloque o trigo e mexa sem parar vigorosamente até ficar com uma aparência cremosa
Junte os outros ingredientes, mexa bem e está pronto
 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O doce que eu não respeito

Segundo a saudosa Dona Caca Antibes, "pavê é uma coisa que eu não respeito. É só abrir uma lata de leite condensado, uma lata de creme de leite, um pacote de biscoito: Camada, camada, camada. Tá pronto o pavê. Quero ver "cascar" um mamão, "cascar" uma laranja, fazer o doce ali no tacho..."
Apesar de concordar com ela em gênero, número e grau, vou postar hoje um pavê que a Dona Zizinha sempre fazia nas férias de verão.
Pavê de abacaxi

1 abacaxi (cortado em cubos)
1 e 1/2 xícara de chá de açúcar
1 lata de leite condensado
1 xícara de chá de leite
3 gemas (peneiradas)
2 colheres de sopa de manteiga
1 lata de creme de leite (sem soro)
1 caixa de biscoito champagne (200 g)
150 g de coco fresco ralado
Cobertura:
3 claras
4 colheres de sopa de açúcar
1 lata de creme de leite (sem soro)
 
Modo de preparo
Misture o abacaxi e o açúcar
Tampe e leve ao microondas por 12 minutos em potência alta
Deixe esfriar
Coloque o leite condensado, o leite, as gemas e a manteiga em um refratário e leve ao microondas por 6 a 8 minutos, mexendo a cada 2 minutos até engrossar
Retire e acrescente o creme de leite
Misture e reserve
Bata as claras com o açúcar até obter picos firmes
Adicione o creme de leite, misture e reserve
Monte o pavê em uma fôrma retangular, espalhe os biscoitos molhados na calda do abacaxi
Distribua sobre eles o creme de gemas, um pouco do coco ralado e, por último, o abacaxi
Regue com mais calda
Espalhe a cobertura e decore com o coco ralado restante
Leve para gelar por 3 horas
Sirva gelado

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Tardes de domingo

Essa é uma lembrança da qual tenho muitas saudades, os domingos na casa de minha avó. Na época de férias meus primos e primas vinham e nos juntávamos na casa de minha avó. Sempre nos divertimos muito, brincávamos de tudo o que crianças poderiam brincar na casa da avó, ou seja, tudo o que vinha na cabeça. E sempre tinha uma sobremesa gostosa. Hoje trago uma receita gostosa, fácil e refrescante.


Torta de banana
Ingredientes
10 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
10 colheres (sopa) rasas de açúcar
2 colheres (sopa) de manteiga
12 bananas caturras, bem maduras, pintadas de preto
1 pacote pequeno de canela em pó
1 pitada de sal
3 ovos

Modo de fazer
Peneirar juntos a farinha de trigo, o açúcar, o sal e o fermento.Adicionar a manteiga, misturar bem para não empelotar. A mistura fica tipo farofa. Untar um tabuleiro ou pirex com manteiga.
1ª camada: farofa.
2ª camada: Banana cortada no sentido do comprimento e polvilhada com canela.
Fazem-se as camadas até acabar.
Bater as claras não (muito consistentes). Adicionar as gemas, bater e colocar por cima da torta já montada. Levar ao forno para assar. Se quiser, pode-se colocar mais banana.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Manhã de Dezembro

De todas as lembranças gastronômicas que tenho, essa é uma das melhores. Uma manhã de Dezembro, um solzinho fraco tentando passar por entre as folhas da figueira, minha avó e eu colhendo figos. Cesto cheio, preparamos os figos para fazer a compota. O cheirinho da calda de açúcar borbulhando no fogão de lenha deixava os vizinhos com vontade de fazer uma vizitinha, rs.
Depois de dois dias de preparo o doce estava pronto. Adorava comer um pouquinho ainda morno enquanto minha avó dizia: "Vai te dar dor de barriga menino!!"


Compota de Figos
Ingredientes
1 e ½ quilos de açúcar
100 figos


Modo de preparo
Preparar os figos previamente, que devem ser colhidos verdes. Dando um pequeno talho em cada figo para retirar o leite. Cozinhar os figos. Deixar esfriar e colocar no freezer por 1 dia. Retirar as peles e ferver novamente para retornar a cor verde. Cobrir os figos com um pano durante a fervura. Para preparar a compota fazer uma calda rala de açúcar até o ponto de espelho. Adicionar então os figos preparados. Ferver por algum tempo e deixar esfriar. Servir em compoteira.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Feliz aniversário!!!

Bom, hoje é aniversário de um amigo e pra comemorar  (já que ele não me convidou pra festa, rsrs) resolvi deixar aqui um bolo que gosto muito.


Bolo de cenoura com Cobertura de chocolate
3 cenouras médias
3 ovos
1 xícara de chá de óleo
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo peneirada com uma tampinha de fermento .

Cobertura:
Chocolate amargo em pó
3 colheres de leite
1 1/2 colher de margarina
2 colheres de açúcar
Modo de Preparo

No liquidificador colocar os ovos, o óleo e as cenouras
bater por 3 minutos para sumir o cheiro dos ovos
Em uma vasilha a parte colocar os secos
Misturar os dois, mexer bem
Levar ao microondas por 10 minutos( em forma apropriada) enquanto isso fazer a calda
é so levar tudo ao fogo e mexer sempre até que engrosse
se preferir leve ao microondas, mas sempre parando para mexer porque ela cai e pode queimar
Colocar em cima do bolo ainda quente
Se o bolo for feito na forma de silicone ele sai super fácil passando um pouco de óleo na forma e não quebra
Parabéns Rafael!!!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ternura crocante

Minha avó fazia esses deliciosos biscoitinhos amanteigados de amendoim, a massa crocante derretendo na boca, os pedacinhos de amendoim crocante, me causavam arrepios de êxtase. Como se não bastasse eu, abusado que sou, tomei a liberdade de acrescentar pedacinhos de chocolate ao leite, só pra piorar. Era um momento daqueles que a gente sabe que não vai esquecer nunca, lembro bem de ver Dona Zizinha, de avental de babado cheio de farinha de trigo, cheiro de manteiga derretida no ar, aquele tapinha na mão quando eu, sorrateiro, pegava alguns amendoins, ainda quentes, e enfiava na boca. ainda sinto o gosto doce e amanteigado dessa maravilha, que hoje chamo simplesmente de "Ternura".


 Cookies de amendoim
4 xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de sal
1 e 1/2 xícara de chá de manteiga s/ sal derretida (aprox. 275 grs. )
2 xícaras de açúcar mascavo escuro
1 xícara de açúcar branco
2 colheres de sopa de essência de baunilha
2 ovos inteiros
2 gemas
1 xícara de chocolate ao leite picado em quadradinhos(aprox. 1 barra de 180 grs) (não use gotas, elas são duras)
1 xícara de amendoim torrado picado

Modo de Fazer:
Reserve alguns pedacinhos de chocolate picado e do amendoim, para enfeitar os biscoitos antes de assar
Em uma tigela grande, coloque os açúcares, os ovos inteiros, as duas gemas e a baunilha
Misture bem
Derreta a manteiga e acrescente na mistura de açúcar e ovos
Mexa bem, até ficar homogêneo
Peneire sobre a mistura a farinha juntamente com o sal e o fermento
Junte o amendoim e o chocolate picado
Misture, tampe e leve à geladeira por no mínimo 3 horas, pois a massa deve ficar bem dura
Você pode fazer na noite anterior e assar pela manhã
Não guarde a massa mais do que 1 dia na geladeira, pode estragar
Depois de bem dura, unte 2 formas grandes com manteiga e farinha, faça bolas de 4 a 5 cm de diâmetro e dê uma leve pressionada nela, para fica mais num formato de disco, não de bola
Deixe um espaço de 2 dedos de distância entre um cookie e outro
Coloque 2 a 3 quadradinhos de chocolate em cima e salpique com o amendoim pra decorar
Rende de 28 a 32 cooks grandes
Asse em forno pré aquecido 190 graus por 12-13 minutos apenas
Vão parecer que não estão prontos mas confie, estarão
Aos poucos vc descobrirá o ponto exato do cookie, pois a diferença de calor dos fornos pode influenciar
Deixe amornar, pois o cozimento ainda continua depois de tirado do forno
Por fora ele fica levemente crocante e dentro macio e com chocolate derretido
Desfrute com um cafezinho ou leite puro gelado

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Rosquinhas de "salamoníaco"

Meu pai sempre fazia essas pequenas "mas perigosas"delícias, digo perigosas porque o "sal amoníaco" ou bicarbonato de amônia tem um cheiro tão forte que pode causar tonturas e até desmaios a quem o inala. Mas isso é só na hora de abrir o pote, no meio da massa, depois de assado e frio, não se sente o cheiro do bicarbonato de amônia, só o sabor delicioso das rosquinhas.

Rosquinhas de sal amoníaco
Numa tigela coloque 3 ovos
100 gramas de gordura vegetal
3 xícaras de açúcar
1 copo americano de leite morno
1   1/2 colheres de bicarbonato de amônia
canela a gosto

Depois de tudo bem misturado coloque a farinha de trigo ( + ou - 1  1/2 kg) até dar o ponto de enrolar.
Dica: meu pai fazia pequenas tranças e "torcidinhos" , pincelava com ovo e salpicava açúcar cristal por cima das rosquinhas. Ficam uma delícia.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pãezinhos divertidos

Essa receita eu aprendi com meu pai, que aprendeu com minha avó, que aprendeu com minha bisa. Eu adorava quando ele resolvia fazer esses pães, em formato de jacaré, tartaruga, estrela do mar, etc. A cozinha ficava em petição de miséria, mas os pães ficavam deliciosos, meu pai tinha que fazer em todas as festam em casa.
Experimente fazer, é muito fácil e muito saboroso.

Pão de cebola
1 colher de sal
2 colheres de açúcar
3 tabletes (45g) de fermento biológico
3 ovos
2 copos (tipo americano) de leite morno
1 copo (tipo americano) de óleo
1 cebola grande
1kg de farinha de trigo (aproximadamente)

Bata no liquidificador todos os ingredientes exceto a farinha
despeje numa vasilha grande a mistura e vá colocando a farinha aos poucos, até desgrudar das mãos. Faça os pães e pincele com gema de ovo, deixe descansar por aproximadamente 30 minutos. Asse em forno quente até dourarem.
Dica:
Faça uma bolinha com a massa e coloque num copo com água enquanto a massa descansa. Quando a bolinha subir, a massa já cresceu e pode assar.
Os pãezinhos ficam deliciosos recheados com presunto e queijo ou calabreza.

Classico e delicioso

Voltando ao café da manhã, minha avó fazia uma coisa que sempre me encheu a boca d'água: Brevidade. Branquinha, sequinha por fora, macia por dentro, docinha, quando entra em contato com a língua, simplesmente desaparece, deixando na boca um sabor tão deliciosamente delicado, que é impossível comer uma só.

Brevidades
1 xícara (de café) de açúcar
1 colher (de sobremesa) de fermento em pó
250g de amido de milho
3 colheres de manteiga
3 ovos
raspas de limão

Misture todos os ingredientes e bata até levantar bolhas, distribua em forminhas individuais untadas e asse em forno quente por cerca de 10 minutos, ficam levemente douradas por baixo, em cima ficam branquinhas.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Para as crianças fazerem...

Minha avó sempre dizia: "Você sabe que a receita é boa quando a página do caderno de receitas está suja..."
Esta página do meu caderno está bem amarelada, nem sei quantas vezes fiz esses biscoitinhos de limão, fazia sempre que via a cozinha vazia.
É uma receita muito fácil de fazer e fica muito saborosa.

Biscoitinhos de limão

1xícara de amido de milho
1 1/2 xícara de farinha de trigo
1 xícara de açúcar
1 colher (de sopa) de fermento em pó
1/2 xícara de manteiga
1 ovo inteiro
suco de 1 limão

Misture e amasse todos os ingredientes até obter uma massa lisa e homogênea, faça bolinhas e coloque em uma assadeira. Asse em fogo alto por 10 minutos ou até dourar o fundo. Em cima fica bem branquinho e derrete na boca.